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Os Cegos do Castelo


Era 1997. O chamado "receio" tomava conta da banda paulista, antes que pisassem no palco do Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Um álbum integralmente acústico parecia ser demais para os Titãs, conjunto musical que nunca antes vivera sem seus baixos e guitarras elétricas. A bateria de Charles Gavin fora reduzida a um cubículo.

Receio, porque outros grandes nomes do Rock Nacional tentaram o mesmo. E o resultado não foi expressivo: O acústico do Legião Urbana, apesar do número grandioso de cópias vendidas, era, evidentemente, entediante e melancólico demais. Os Paralamas não encontraram sintonia acústica para nenhuma de suas músicas (é me dói dizer isso). O Especial Barão Vermelho sequer virou um Cd. (geraria um Dvd posteriormente, em 2005).

Mas foi perfeito. Nenhum dos arranjos deixou a desejar, e até Nando Reis acalmou a voz para não ultrapassar os toques do seu baixo-acústico (que foi o melhor da festa, em minha modesta opinião). Claro que a grandiosidade do espetáculo arquitetado pela MTV não permitia falha alguma. Os componentes integrais da banda eram apenas 7, num palco para quase 30 artistas. Artistas consagrados em suas respectivas funções: trompete, violino, percussão, harpa, violoncelo, sax, dos que eu me lembro. Dali, nasceram obras-primas em suas versões acústicas, como: Os Cegos do Castelo, Pra dizer Adeus, Flores, A melhor forma e Querem meu sangue, com participação especial de Jimmy Cliff (autor da versão original que foi adaptada, em português, pelo Nando Reis).

Hoje, apesar das 1 500 000 cópias vendidas, muitos dizem que desde lá os Titãs não são mais os mesmos; e eu concordo. Mas o preço foi justo.

Bruno Alcantara

Os Cegos do Castelo


Querem meu Sangue


Pra dizer Adeus




1 comentários:

Fiorella Gomes disse...

Sinceramente?

é o cd que eu mais gosto deles.
Comia com arroz e feijao ele!
e minha irmã sempre me batia..
pq eu sempre sequestrava ele dela! hahahaha
;D

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