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O Rei dos Números.


Ele é, oficialmente, o maior artista da história. Reconhecido pelo Guinness Book of Records, premiado pela Billboard como "Artista da Década" nos anos 80 e como "Artista do Milênio" pelo World Music Awards, em 2000. É considerado a personalidade mais influente e mais revolucionária no mundo da música. Criou parâmetros, ditou tendências, trouxe o planeta ao POP.

De seu nascimento musical, aos 5 anos de idade, até sua morte, Michael Jackson também colecionou números. Se tornou o rei deles. A cada álbum, a cada clipe, a cada nova fase do cantor, um mundo de prêmios e recordes juntava-se a ele. Nos seus momentos glórios, ou em suas esquizitices características, os tablóides iam ao delírio. Estampavam seu rosto, invadiam sua (quase inexistente) privacidade; faziam, de simples rumores, milhões. Seja qual fosse o motivo, lá estava o artista, pessoalmente frustrado, profissionalmente um fenômeno.

Para entendermos um pouco mais seus feitos, em números, conheçamos algumas das conquistas de Michael Jackson:

- O maior artista:
Foram 750 milhões de discos vendidos e fortunas em cachês. O cantor entrou para o Guinness Book of Records como o artista mais bem-sucedido de toda a história.

- O álbum mais vendido:
O disco "Thriller" dominou as paradas por quase 2 anos. Até hoje, foram vendidos impressionantes 51 milhões de cópias, mais do que qualquer outro álbum jamais sonhou em vender. Muitos artistas de sucesso sequer venderam isso somando toda sua carreira.

Thriller, 1982.

- A maior quantidade de Grammys:
Em 1984, Michael Jackson foi premiado com 8 Grammys, dentre eles "Melhor Álbum" (Thriller), "Melhor Música" e "Melhor Cantor" (Beat It). É o recorde para um artista em uma única noite de premiação.

O Rei na noite em que levou 8 Grammys para casa.


- A maior audiência:
O cantor coleciona recordes de audiência. Seu clipe "Black Or White", de 1991, foi transmitido simultaneamente em 27 países e obteve uma audiência de mais de 500 milhões de espectadores. Além disso, sua entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey foi assistida por 100 milhões de pessoas.

- O álbum mais caro:
Estima-se que para a produção do álbum "Invincible", de 2001, foram gastos mais de 30 milhões de dólares. Nenhum outro artista sequer gastou tanto assim por não ter a segurança de obter o investimento de volta nos lucros com as vendas. Não era o caso do Rei do Pop.

Invincible, 2001.

- O funeral mais assistido:
Até em sua morte Michael Jackson quebrou recordes. Seu funeral foi assistido por 1 bilhão de pessoas no planeta. Essa marca se equiparou apenas ao funeral do Papa João Paulo II, em 2005.

Os irmãos dos Jackson's Five carregam o caixão de Michael:
funeral assistindo por 1 bilhão de pessoas.

A lista se extenderia bastante, mas destaquei alguns dos que mais me impressionaram. Definitivamente, Michael foi o fenômeno. Pena que, para que tivesse um estrelato tão imenso, sua vida pessoal fosse um pesadelo. Talvez seja esse o preço da fama. Em meio a acusações, julgamentos, preconceitos, excentricidades e fanatismos, o cantor seguiu sua trajetória de meio século de existência, onde basicamente não teve memórias de uma vida normal.

E que agora, em outro andar, o cantor consiga sua paz tão sonhada.

Rodrigo Alcure.

Fama de Bamba em assuntos do coração!


Todo sambista que se preze já sofreu por um grande amor. Se não, nunca poderá ser considerado um sambista de primeira, pois não terá o tempero certo para fazer uma composição digna de um Bamba. E Jorge Aragão não é diferente, uma vez criado no meio dos bons. Com suas criações todas muito bem trabalhadas, ele consegue se destacar, conseguindo fazer a mais singela união entre suas lindas letras com a mais perfeita melodia.


Junto com a visibilidade e credibilidade deixada de herança pelo Fundo de Quintal aos seus “filhos” que saíram de casa, Jorge Aragão adquiriu uma enorme experiência ao vivenciar essa grandiosa alegria de conviver com os grandes e se tornar um dos maiores formadores de opinião da música popular brasileira; em especial, do Samba.


Com um dom nato para letrar, Aragão sabe manusear as palavras tão bem quanto um poeta, que faz um simples verso já hipnotizar as pessoas que passam, forçando-as a ouvirem a música até o final. Para melhorar ainda mais, ele adiciona uma harmonia que vicia o ouvido dos que escutam. Todos os sucessos emplacados são frutos dessa mistura, que faz com que sempre queiramos ouvi-los cada vez mais. Exemplos são fáceis de citar, tais como “Já é”, “Enredo do meu samba”, “Malandro”, “Doce Amizade”, entre outras.


Assista “Já é” Aqui!


Além do sucesso pessoal, muitas composições caíram nas graças do povo sendo cantadas nas vozes de outros grandes artistas. A primeira a gravar uma música de Jorge Aragão foi a pequena (apenas no tamanho) Elza Soares, que gravou a música “malandro” com um desempenho excepcional. Além de Elza, outros intérpretes do samba, como Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila já compartilharam do repertório de Aragão.


Um eterno romântico, 90% das letras falam sobre o tema amor. O que é bem interessante e desafiador, pois as experiências são tantas que ele consegue fazer centenas de composições sem que elas fiquem parecidas, mas sim com aquele traço de singularidade que apenas os grandes músicos conseguem. Além disso, para um pagodeiro, nunca será demais ouvir histórias sobre o amor, pois é ele que o inspira a escrever. Isso, o amor, em sua totalidade (seja na felicidade ou na tristeza), faz do sambista um sonhador, um utópico.


Uma das músicas que mais me identifiquei se chama “Feitio de Paixão”, que conta a história de um jovem que quer conquistar de qualquer jeito a garota pela qual ele é apaixonado. Ele usa de todos os artifícios, como jogar Búzios, fazer feitiços e até tomar banho de arruda para tentar fazê-la gostar dele. Entretanto, ele não quer subornar o coração da moça, quer apenas que ela goste e confie nele, pois ele só quer fazê-la feliz.


Eu já tive a oportunidade de comparecer ao show desse ícone do Samba, que fez com que a apresentação dele parecesse única. Toda vez que eu assisto à um DVD ou vídeos dos shows de Jorge Aragão, me imagino lá, o que me eleva à outra patamar, cujo qual fico a vontade para cantar e falar sobre o tão procurado e almejado Amor. Parabéns, Jorge Aragão!




André N. Bueno


Os Cegos do Castelo


Era 1997. O chamado "receio" tomava conta da banda paulista, antes que pisassem no palco do Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Um álbum integralmente acústico parecia ser demais para os Titãs, conjunto musical que nunca antes vivera sem seus baixos e guitarras elétricas. A bateria de Charles Gavin fora reduzida a um cubículo.

Receio, porque outros grandes nomes do Rock Nacional tentaram o mesmo. E o resultado não foi expressivo: O acústico do Legião Urbana, apesar do número grandioso de cópias vendidas, era, evidentemente, entediante e melancólico demais. Os Paralamas não encontraram sintonia acústica para nenhuma de suas músicas (é me dói dizer isso). O Especial Barão Vermelho sequer virou um Cd. (geraria um Dvd posteriormente, em 2005).

Mas foi perfeito. Nenhum dos arranjos deixou a desejar, e até Nando Reis acalmou a voz para não ultrapassar os toques do seu baixo-acústico (que foi o melhor da festa, em minha modesta opinião). Claro que a grandiosidade do espetáculo arquitetado pela MTV não permitia falha alguma. Os componentes integrais da banda eram apenas 7, num palco para quase 30 artistas. Artistas consagrados em suas respectivas funções: trompete, violino, percussão, harpa, violoncelo, sax, dos que eu me lembro. Dali, nasceram obras-primas em suas versões acústicas, como: Os Cegos do Castelo, Pra dizer Adeus, Flores, A melhor forma e Querem meu sangue, com participação especial de Jimmy Cliff (autor da versão original que foi adaptada, em português, pelo Nando Reis).

Hoje, apesar das 1 500 000 cópias vendidas, muitos dizem que desde lá os Titãs não são mais os mesmos; e eu concordo. Mas o preço foi justo.

Bruno Alcantara

Os Cegos do Castelo


Querem meu Sangue


Pra dizer Adeus




Vitória do Rock.

Se engana bastante quem pensa que o Espírito Santo só comporta congo. Aliás, congo é o estilo de música que menos escuto por aqui. Tudo bem, é cultural, específico, não comercial (salvo exceções marcianas) e enraizado nas tradições capixabas, mas a música local vem se destacando com um outro tipo de som: o pesado.

Hardcore, muito barulho e voz forte. O Dead Fish, banda formada em Vitória em 1991, mas que veio atingir sucesso nacional com o álbum "Zero e Um" em 2004, se firmou como um dos grandes destaques da música capixaba. Sob os vocais de Rodrigo Lima, a banda ganhou uma legião de novos fãs do underground, contraditoriamente trazidos pela visibilidade no mainstream.

Os capixabas do Dead Fish.

Mas pra quem achava que o sucesso se limitaria ao som do "Zero e Um", o Dead Fish mostrou sua força ao faturar o prêmio MTV Video Music Brasil esse ano na categoria Melhor Vídeo Hardcore (a banda já havia ganhado um VMB em 2004 na categoria Revelação). Outras bandas capixabas também estavam entre as indicadas da noite, como Mukeka di Rato (mesma categoria dos Dead Fish) e Mickey Gang (categoria Aposta MTV).

É o Rock capixaba marcando presença (e faturando prêmios) em cenário nacional. Alguém já pensou numa fusão congo + hardcore? Tá aí uma bela idéia pro próximo Estúdio Coca-cola.

Confiram o vídeo oficial de Autonomia, vencedor do VMB 2009:



Rodrigo Alcure.