2009. O mês eu não lembro, mesmo. Segundo trimestre de 2009 e eu estava no meu carro. Para variar um pouco, era André quem estava dirigindo. Como de costume, ele sintonizou a rádio, num singelo protesto ao Cd do Cazuza, Exagerado, que já estava no Player do carro há meses. Pensei em pedir para que ele voltasse atrás (cara, eu não aguento ouvir algumas rádios), mas o sorriso de aprovação do meu amigo Digão Alcure (que estava no banco da frente) deixou claro que eram dois contra um.
Bom, primeiro, tocou uma música da banda Velho Scotch. Achei uma imitação forçada de alguma possível combinação entre Barão Vermelho e Los Hermenos; pelo menos era uma imitação forçada de duas coisas, consideradas por mim, boas, e dentro do leque de possibilidades, foi algo muito melhor do que eu esperava ouvir.
Bom, primeiro, tocou uma música da banda Velho Scotch. Achei uma imitação forçada de alguma possível combinação entre Barão Vermelho e Los Hermenos; pelo menos era uma imitação forçada de duas coisas, consideradas por mim, boas, e dentro do leque de possibilidades, foi algo muito melhor do que eu esperava ouvir.
Projeto Havanna- Augusto e Miguel
Mas a grande surpresa foi a música que tocou depois, ela começou, e tinha um quê de alguma coisa que eu não soube nomear. Era nova, e muito boa. Não pode ser uma banda capixaba, pensei. A grande maioria dos grupos daqui está presa num ciclo repetitivo, e essa música parecia ignorar qualquer tipo de convenção, o único ciclo que a prendia era o dela mesma, que apresentava uma infinidade de possibilidades nas quais eu jamais pensara. Eu não esperava que os nossos colegas de faculdade fossem capazes de fazer uma música tão boa. Não por falta de talento ou capacidade, mas é que a melodia e letra formavam um todo realmente singular.
Ouvir BUT I DO compensou os 40 reais que eu joguei fora comprando o último disco do Roberto Frejat. E o mais legal era saber que ela foi feita por gente que estava tão perto (duas ou três carteiras, quem sabe). Gente que ainda tem vontade de pensar a música, de viajar por dentro da melodia, e de fazer desta algo que nos passe uma mensagem. Alguma mensagem que preste.
Estacionamos o carro, e na mesma hora liguei para o Augusto - vocalista, baixista, bateria e violão da banda - e lhe falei que a música era realmente muito boa, tão boa que eu repeti o elogio uma três vezes, para parecer sincero. Pois era.
Bruno Alcantara
Ouvir BUT I DO compensou os 40 reais que eu joguei fora comprando o último disco do Roberto Frejat. E o mais legal era saber que ela foi feita por gente que estava tão perto (duas ou três carteiras, quem sabe). Gente que ainda tem vontade de pensar a música, de viajar por dentro da melodia, e de fazer desta algo que nos passe uma mensagem. Alguma mensagem que preste.
Estacionamos o carro, e na mesma hora liguei para o Augusto - vocalista, baixista, bateria e violão da banda - e lhe falei que a música era realmente muito boa, tão boa que eu repeti o elogio uma três vezes, para parecer sincero. Pois era.
Bruno Alcantara
But I do, Projeto Havanna.
3 comentários:
Confesso que senti mais ou menos a mesma coisa que você quando ouvi. Tanto é que ela ficou na minha lista por semanas, não cansava de ouvir :)
Gente. SOmos 3.
Ate hoje eu não paro de ouvir.
É um misto de "caralho que musica foda, não é capixaba!"
com..
"caralho, meus amigos são foda, enfim!"
hiaoUHIauOHuia
orgulho master! ;D
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